As ameaças de bolsonaristas sofridas pela médica Ludhmila Hajjar ao ser cotada para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Eduardo Pazuello, mostram o quanto Bolsonaro está encurralado na loucura que plantou.
Ela cairia bem na guinada de postura do presidente com relação a vacinas, após o discurso colossal de Lula quando teve suas condenações anuladas e comentou o fracasso do governo no enfrentamento a pandemia.
Só que a cardiologista defende o isolamento social, a imunização em massa da população e se opõe ao tal ‘tratamento precoce’ contra a Covid-19.
O ‘exército’ do presidente é alimentado com paranoia ideológica e na iminência de ver uma mulher que exalta a ciência ao invés de negá-la, a ameaçou nas redes sociais e por telefone, forçando a rápida recusa ao cargo.
Os bolsonaristas são motivados por discursos e ações irracionais e violentas e seu líder não pode ter um espasmo de lucidez.
Para manter o apoio que só encolhe com fracassos nas crises econômica e sanitária, Bolsonaro tem que seguir investindo na estupidez.
Mesmo que queira não pode dar um passo sem desagradar fanáticos religiosos, desmiolados e criminosos que incitam à subversão da ordem social e política.
Restou orientar ‘seu exército’ a ir às ruas para criar um clima de intervenção militar contra o lockdown nacional, medida extrema para impedir a tendência de alta de mortes em 23 estados.
O Brasil tem 17 recordes de óbitos seguidos de 27 de fevereiro até aqui.
Sem medidas restritivas duras, dá para imaginar a explosão de casos e mortes com o feriado prolongado da Sexta-feira Santa no próximo dia 2.
Bolsonaro sabe do pior que vem pela frente, mas prefere mortes à deserção em massa de ‘seu exército’ que luta contra o lockdown onde é necessário faz tempo.
O quarto ministro na pasta da saúde foi escolhido muito mais pela intimidade com a família Bolsonaro e por isso, deve ser mais um a bater continência à política genocida do governo na pandemia.
Senão já sabe… vai encarar ameaças ‘do exército’ do presidente.
Longe vá temor servil!
Pátria livre dos negacionistas ou morrer pela estupidez do presidente.