GOVERNOS USARAM PROGRAMA ISRAELENSE PARA ESPIONAR ATIVISTAS, JORNALISTAS, ONGS

GOVERNOS USARAM PROGRAMA ISRAELENSE PARA ESPIONAR ATIVISTAS, JORNALISTAS, ONGS

Governos usaram programa israelense Pegasus para espionar ativistas,  jornalistas, ONGs - Agenda Capital

Canal Meio – Mais de 50 mil pessoas, entre ativistas de ONGS, políticos, jornalistas e advogados podem ter sido alvo de espionagem por governos de 45 países graças ao software Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO, segundo denúncia da Anistia Internacional. O software é tecnicamente legal, porém abertamente polêmico.

malware infecta o celular das vítimas, retira todo o seu conteúdo — trocas de mensagens, emails, dados de buscas na web e o que mais for — e depois se instala como um espião, monitorando onde o aparelho está a cada momento. A companhia alega que só licencia o programa para a investigação de crimes e terrorismo, mas um consórcio de imprensa liderado pelo jornal inglês The Guardian confirmou que aparelhos cujos números constam da lista e não pertencem a pessoas com antecedentes criminais foram infectados. O México, onde o uso indevido do Pegasus já havia sido denunciado, lidera com 15 mil números, seguido por Marrocos e Emirados Árabes Unidos, com dez mil cada. Também está na lista a Hungria de Viktor Orbán, líder que faz parte do movimento da direita autoritária que ameaça democracias pelo mundo. (Guardian)

Um dos telefones na lista é o do jornalista mexicano Cecilio Pineda Brito, assassinado em março de 2017. Segundo a reportagem, o número dele entrou na lista semanas antes do crime. Pelo menos outros 26 jornalistas mexicanos têm seus telefones na lista. (Guardian)

Entre os mais de 180 jornalistas possivelmente espionados está a libanesa Roula Khalaf, primeira mulher a se tornar editora-chefe do Financial Times de Londres. O número dela teria sido incluído na lista pelos Emirados Árabes Unidos. (Middle East Eye)

Apenas lembrando… O governo brasileiro abriu uma licitação este ano para licenciar o Pegasus. Segundo fontes do Planalto, o filho Zero Dois do presidente, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), estaria agindo nos bastidores para que a compra ficasse a cargo do Ministério da Justiça e da Polícia Federal, provocando reações no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e na Abin. (IstoÉ)

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