Por Lelê Teles
a tal determinação do marco temporal estabelece que os povos originários necessitam provar que ocupavam as terras em que vivem desde pelo menos a promulgação da constituição de 1988.
essa é uma demanda do macho branco: das mineradoras, dos garimpeiros, dos madeireiros, dos plantadores de soja e dos criadores de gado….
não nos esqueçamos que o termo “grilar” terras vem de uma fraude que o macho branco cometia (comete) para “esquentar” documentos públicos dando a ele a posse de terras que nunca o pertenceu.
alegam uma falsa herança, um falso direito de propriedade, uma falcatrua.
os povos originários não irão recorrer a estas fraudes, o que pedem é que a lei seja justa e não sirva como instrumento para benefício de uns e a ruína de muitos outros.
o macho branco quer tomar as terras dos quilombolas, o macho branco quer tomar a terra do índios, desde que chegou aqui o macho branco não tem feito outra coisa além de roubar terras, desmatar, destruir e poluir.
mandam e desmandam, matam e desmatam!
a marcha até o STF foi pacífica e, mesmo instrumentos e ferramentas tradicionais, como arcos e flechas, foram deixados de lado.
houve cantos, danças e gritos de protestos.
há mais de 5 mil pessoas de mais de 100 etnias engajadas nessa luta em Brasília.
no acampamento, há diversas atividades lúdicas e políticas; todos estão vacinados e todos estão se cuidando e cuidando uns dos outros.
é preciso estar a tento e forte, os tempos são sombrios e cabulosos; há um Necrarca nos governando, um senhor da morte, um ecocida enlouquecido.
há que se lançar luz onde há trevas.
não ao marco temporal!