A boa notícia foi divulgada no Instagram do Secretário Executivo Regional da Casa Civil de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, o Coronel Flávio Derzete.
Foi uma resposta rápida à denúncia feita pelo BLO que mostrou o estado de abandono em que se encontram os dois Centros Culturais destinados aos bois-bumbás Malhadinho e Flor do Campo, impossibilitados de realizar o famoso Duelo Na Fronteira em Guajará-Mirim.
Reveja a reportagem da denúncia aqui:
“A conversa entre os
representantes do poder público é exatamente para que o estado e o município possam
fazer algo pela realização de um dos eventos mais importantes do estado”,
escreveu o secretário.
A reunião foi na quinta-feira, 19, e na manhã seguinte já havia movimentação no local onde estão os dois Centros Culturais que custaram mais de dois milhões e meio de reais. entregues desde setembro de 2018 e que até o momento não serviram a nada.
A falta de cuidado com a gigantesca obra de mais de três mil metros quadrados causou depredação do patrimônio público.
O governo e as associações folclóricas firmaram parcerias para garantir imediatamente um pouco de segurança ao local.
Com o apoio da Aquavia Navegação e Comércio o serviço de solda dos portões foi garantido e a mão de obra e transporte dos materiais foi o governo quem assumiu.
Representantes dos bois-bumbás
acompanharam os trabalho entusiasmados com o diálogo aberto com o governo.
Agora vão buscar apoio com a iniciativa privada e ‘vakinha’ online para a
compra de tinta e outros materiais necessários ao reparo inicial.
“Ficamos muito felizes, porque
essa resposta e parceria com o governo são resultados da recente mobilização de
moradores de Guajará-Mirim, amigos da cultura popular e das associações dos bois-bumbás
pela proteção dos bens material e imaterial que envolvem o Duelo na Fronteira”,
disse Camila Miranda, do Malhadinho.
O Programa de Pós-graduação em Geografia – PPGG da Universidade Federal de Rondônia – UNIR torna público o edital de seleção para os cursos de Mestrado e Doutorado. O período de inscrição é de 30/08 a 30/09/2021, com o processo seletivo totalmente remoto.
Rondônia e sua capital ocupam nesta sexta-feira, 20, o sexto lugar no ranking de focos de calor nas últimas 48 horas. Nos últimos cinco anos, nos últimos cinco meses e neste mês, Porto Velho aparece no topo dos municípios com mais focos no período de 1 a 19 de agosto.
Rondônia tem oito vezes mais gado que gente. Quem mais importa?
Quem se importa?O deputado estadual Cirone Deiró disse em plenário que “dentro do estado de Rondonia o nosso maior patrimônio é o rebanho bovino”. O ‘lucro’ acima de tudo e de todos. #SOSRondoniaOa dados são do INPE e a fala do deputado foi transmitida ao vivo em sessão de votação do PL 080 que reduziu Unidades de Conservação para a boiada passar.
O céu que no hino do estado é cantado como ‘mais azul” tem amanhecido cada vez mais cinza neste período de seca e queimadas. De longe e do alto, o rio Madeira já não é visto na paisagem na região central.
Hoje a Amazônia é o bioma mais
destruído pelo fogo, com 41% dos focos registrados no período anual.
Rondônia é o terceiro estado com
mais focos de calor, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, o INPE.
Na comparação entre o agosto de 2020 e 2021, há aumento de focos de 2683 para 3419 e faltando 12 dias para o fim do mês.
Sua capital, Porto Velho, está em terceiro lugar no ranking do INPE com 1451 focos, o equivalente a 13% da destruição.
A plataforma Monitoramento Rural que mapeia o estrago diariamente mostra nesta quinta-feira, 19, que os focos se concentram, além da capital, nos municípios de Candeias do Jamari, Cujubim e Nova Mamoré.
Esses municípios têm a maior quantidade de rebanho bovino do estado, conforme dados do segundo semestre de 2020 da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril, a IDARON.
A boiada é fogo e também motivo de Rondônia ser a grande potência produtiva de carne e derivados na Amazônia.
O lucro está acima da vida e estudos comprovam que futuramente o arrependimento não vão aplacar o inevitável prejuízo econômico com o descontrole ambiental.
No portal da IDARON, é flagrante
a ‘fake News’ do governo bolsonarista que exalta esforços para o desenvolvimento
sustentável.
“Rondônia exporta praticamente
toda de sua produção, 76 milhões de toneladas de carne por trimestre, que tem
um efeito de US$ 329 milhões (dólares) no mesmo período na balança comercial do
Estado, constituindo no cômputo anual um total de US$ 1,3 bilhão com a
exportação de 304 milhões de toneladas de carne, segundo dados do Núcleo de
Agrodados da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri)”, divulga o portal.
Na realidade o que se vê a cada dia é a abertura de novas áreas para a agricultura e pecuária com degradação ambiental por cima de tudo e de todos.
O lucro com atividades intensas e descontroladas de pecuária e soja têm colocado o estado no topo do ranking de desmatamentos e queimadas, o que nada tem a ver com sustentabilidade.
A área plantada de soja, cultura
agrícola que também impulsiona a economia do estado aumentou 13,8% de acordo
com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na comparação das safras
2019/2020 e a produção subiu 8,1%.
“Para esta safra 2020/21, a
colheita deve alcançar 1.215,4 mil toneladas. A última semeadura foi realizada
no final de fevereiro e a colheita do grão se estendeu até o final de maio
deste ano, devido ao início do vazio sanitário, previsto para ser iniciado em
junho. Em relação à exportação, em 2020, o Estado exportou o valor de US$ 421
milhões de dólares em soja, com aumento de 9,15%, se comparado ao ano de 2019,
onde atingiu o valor de US$ 386 milhões”, diz a matéria publicada pela
Secretaria Estadual de Agrocultura.
De janeiro para cá o governador Marcos Rocha tem se esforçado para aumentar o que considera ser ‘vantajoso’ custe o que custar.
Sem a mínima preocupação com os recursos naturais que não são inesgotáveis e com os povos originários, propôs e sancionou alterações de Unidades de Conservação que vão provocar incalculável desequilíbrio ambiental, climático e econômico. A atualização do Zoneamento Socioeconômico e ecológico, aproximando áreas intensas de produção de zonas proibidas, está na Assembleia Legislativa e deve ser aprovada em breve.
Além disso, liberou o garimpo
nos rios do estado, estimulando outra atividade danosa ao meio ambiente.
Há uma escalada de destruição que
pode provocar um ciclo irreparável de genocídio, etnocídio e ecocídio em Rondônia.
Tudo está acontecendo muito rapidamente
por ação e omissão da classe política do estado que vê apenas os votos do
eleitorado do agronegócio.
Em todos os municípios há campanha
com outdoor de apoio ao governo Bolsonaro em nome do setor.
Segundo fonte, foram financiados por um poderoso empresário ruralista que se engaja na política antiambiental do presidente
A Comissão Pastoral da Terra do Regional Rondônia organizou uma carta de repúdio relacionada às intervenções da Força Nacional no estado de Rondônia, além de incluir informações sobre as mortes ocorridas no último dia 13 de agosto de 2021, na região de Nova Mutum, distrito do município de Porto Velho, capital do estado de Rondônia.
O ataque surgiu com o lançamento do videoclipe Pachamama nas redes sociais. Divulgado no Blog da Luciana Oliveira e repercutido no portal Casa Ninja Amazônia, atingiu mais de 100 mil visualizações e atraiu comentários criminosos.