MEC: Conheça os pastores alvos da operação que prendeu Milton Ribeiro

MEC: Conheça os pastores alvos da operação que prendeu Milton Ribeiro

DCM – Nesta quarta-feira (22/6), a Polícia Federal cumpre a operação “Acesso Pago” com mandados de prisão contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Ribeiro e Santos foram presos na manhã de hoje, em Santos (SP). A operação investiga a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de verbas do Fundo Nacional da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

Em março de 2022, o jornal Folha de S.Paulo divulgou áudios em que o ex-ministro da Educação afirma que a prioridade é “atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo lugar, atender a todos que são amigos do pastor Gilmar”.

Gilmar Santos

O pastor Gilmar Santos é acusado de cobrar propinas para a liberdade de verbas do MEC para prefeitos. Além disso, ele é alvo de uma acusação formal do Ministério Público de Goiás (MP-GO) por manter uma empresa de fachada. O pastor é dono da Fundação Gilmar Santos desde 1995.

Após as acusações, Gilmar publicou um vídeo nas redes sociais em que afirma ter aversão à mentira. “Sempre preguei a santidade de Deus, a justiça de Deus, minha aversão ao erro, ao pecado e à mentira. Eu criei os meus filhos. Eu e a minha esposa dizendo, mentir nem por brincadeira”, disse o pastor em um trecho do vídeo.

Com mais de 154 mil seguidores nas redes sociais, ele compartilha vídeos de suas pregações e “curas”. O pastor Gilmar já foi fotografado ao lado do presidente da República, fazendo orações com Bolsonaro e outros políticos.

O MP também afirma ter identificado que a entidade recebeu doação de imóveis nunca registrados – uma chácara e um lote. Eles foram transferidos para a entidade por meio de doações à igreja Missão em Cristo.

Arilton Moura

Arilton Moura é acusado de fazer o pedido de propina a prefeitos, para que os recursos do MEC fossem liberados para a construção de escolas. Segundo denunciantes, Moura teria pedido pagamentos em ouro e dinheiro.

Conforme divulgado pelo, Arilton pediu ao prefeito de Bonfinópolis (GO) a quantia de R$ 15 mil, além da doação de bíblias para a igreja do pastor. “Papo reto aqui. Eu tenho recurso para conseguir com você lá no ministério, mas eu preciso que você coloque na minha conta hoje R$ 15 mil. É hoje. E porque você está com o pastor Gilmar aqui, senão… Pros outros, foi até mais”, relatou o prefeito da cidade.

Como assessor político da convenção de ministros, Arilton Moura traz no currículo o fato de já ter ocupado diferentes cargos públicos. Em 2018, foi secretário extraordinário para Integração de Ações Comunitárias no governo Simão Jatene, no Pará. Ele também foi presidente estadual do antigo PHS, hoje Podemos, no Estado.

Moura é braço direito de Santos e assessor de assuntos políticos da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, presidida por Gilmar Santos, que também é líder do Ministério Cristo para Todos, um ramo da Assembleia de Deus com sede em Goiânia.

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