247 – A família da vereadora Marielle Franco (Psol) disse ter ficado perplexa com a prisão do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, pela Polícia Federal (PF) na manhã deste domingo (24), pela suspeita de acobertar os assassinatos da parlamentar e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Além de Rivaldo, a PF prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Domingos Brazão como suspeitos de serem os mandantes do crime.
“É uma tristeza muito grande ver o nome dele nessa lama”, disse Marinete Silva, mãe de Marielle, em entrevista à GloboNews. “Ele falou que era questão de honra elucidar esse caso (morte da Marielle). — Quando vive uma coisa dessas com uma autoridade que deveria fazer seu trabalho é mais difícil ainda. Ver o nome dele nessa lama”, ressaltou.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, também disse estar surpresa com o suposto envolvimento de Rivaldo. “Surpresa de uma pessoa que foi um dos primeiros contatos com a família. Tanto como irmã como integrante do governo, tem muita coisa que para a gente dá uma sensação de vitória, mas que não acabou”, disse.
O presidente da Embratur e ex-deputado federal, Marcelo Freixo, também disse ter entrado em contato com Rivaldo logo que soube dos assassinatos de Marielle e Anderson. “Foi para Rivaldo Barbosa que liguei quando soube do assassinato da Marielle e do Anderson e me dirigia ao local do crime. Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo. Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”, escreveu Freixo no X, antigo Twitter.