ONG ambientalista cita país como exemplo positivo, mas vê situação alarmante na Bolívia, Laos, Nicarágua e Canadá
Apesar do progresso, a organização declarou que o mundo está longe de cumprir as metas de preservação dos biomas para 2030, com os trópicos perdendo uma área equivalente a 10 campos de futebol por minuto em 2023.
A análise foi divulgada nesta quinta-feira (4) com base em dados da Universidade de Maryland disponibilizados pela plataforma Global Forest Watch, fundada pelo World Resources Institute (WRI), ONG ambientalista fundada nos EUA.
Desmatamento global anulou progresso brasileiro
Mikaela Weisse, diretora do Global Forest Watch, afirma o aumento do desmatamento em alguns países neutralizou o progresso global representado por Brasil e Colômbia.
“O mundo deu dois passos para frente e dois passos para trás quando se trata da perda de florestas do ano passado. As acentuadas quedas na Amazônia brasileira e na Colômbia mostram que o progresso é possível, mas o aumento do desmatamento em outras áreas praticamente anulou esse progresso”, declarou Weisse.
No Brasil, Global Forest Watch lembrou que a redução da perda florestal foi mais evidente na Amazônia, enquanto o Cerrado e o Pantanal têm sido cada vez mais devastados.
“Estamos orgulhosos de ver um progresso marcante no Brasil, especialmente na Amazônia brasileira”, disse Mariana Oliveira, gerente do Programa de Florestas, Uso da Terra e Agricultura do WRI Brasil.
Colombia reduziu desmatamento pela metade
Os dados divulgados pela Global Forest Watchindicam redução de 39% no desmatamento da floresta primária na Amazônia em 2023 em comparação com 2022.
Ja o Cerrado teve um aumento de 6% na perda de cobertura arbórea de 2022 a 2023, e o Pantanal teve um pico de perda florestal em 2023 devido a incêndios.
Na Colômbia, do presidente Gustavo Petro, que declarou o abandono da exploração de petróleo no país, a perda de floresta primária foi reduzida pela metade em 2023 na comparação com 2022.
Edição: Thalita Pires