As eleições municipais de 2024 ocorrem em 6 de outubro. Mais de 115 milhões de eleitores irão às urnas exercer o direito de votar
No Metrópoles, por Giovana Estrela – No dia 6 de outubro, mais de 155,9 milhões de eleitores e eleitoras irão às urnas para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 5.569 cidades do país.
Mas, afinal, quem são esses eleitores e candidatos? Para responder essas questões, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou dados que traçam, justamente, esses perfis.
Eleitores
As mulheres são maioria, representando 52% do eleitorado, enquanto os homens compõem 48%. A faixa etária mais representativa entre as eleitoras é de 40 a 44 anos (8,3 milhões), enquanto, entre os homens, os jovens de 25 a 29 anos (7,7 milhões) são os que mais votam.
Além disso, 724,3 mil adolescentes de 16 anos votarão pela primeira vez, enquanto 213,8 mil eleitores têm 100 anos ou mais.
Em termos raciais, a maioria dos eleitores se autodeclara parda (53,57%), seguida de brancos (33,34%) e pretos (11,39%). Indígenas e amarelos representam uma parcela menor do eleitorado, com 0,98% e 0,72%, respectivamente.
Outro dado relevante é o grau de instrução: 27,04% dos eleitores concluíram o ensino médio, enquanto uma parcela significativa não terminou o ensino fundamental (22,48%) ou o médio (17,78%). O percentual de eleitores com ensino superior completo é de 10,75%.
O número de eleitores com deficiência cresceu de forma significativa, saltando de 242,8 mil em 2012 para 1,4 milhão em 2024, representando um aumento de 497,79%.
Maiores e menores colégios eleitorais
Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro têm os maiores colégios eleitorais, concentrando juntos quase 41% dos eleitores do país.
Veja ranking:
- 1º – São Paulo, com 34,4 milhões de votantes;
- 2º – Minas Gerais, com 16,4 milhões de votantes;
- 3º – Rio de Janeiro, com 13 milhões de votantes.
Em contrapartida, os menores colégios eleitorais estão na Região Norte, com destaque para Roraima (389,8 mil), Amapá (571,2 mil) e Acre (612,4 mil).
Candidatos
Diferente do perfil do eleitorado, os candidatos apresentam uma imagem menos diversa. A maioria deles é composta por homens brancos, com idade entre 45 e 49 anos.
Dos 463,3 mil candidatos registrados, 66% são homens e 34% são mulheres, um contraste com a paridade de gênero entre os eleitores.
Do total, 52,73% dos candidatos se declararam pardos ou pretos, o que forma maioria de negros na concorrência por uma vaga. Brancos são 45,64%; amarelos, 0,39%; e indígenas,0,55%. Em 2020, os negros eram 50,02% dos inscritos na Justiça Eleitoral e os brancos, 48,04%.
A orientação sexual de 98,27% dos candidatos foi declarada como heterossexual. Há ainda 0,72% de gays; 0,44% de lésbicas; 0,31%, bissexuais; 0,13% de assexuais; e 0,05% de pansexuais. Com relação à identidade de gênero, 80% são cisgêneros e 20% preferiram não informar. Entre os transgêneros, 967 pessoas se candidataram.
A escolaridade também varia: 38,98% dos candidatos possuem ensino médio completo, e 28,28% concluíram o ensino superior.
Os principais ocupantes dos cargos públicos vêm de diversas profissões, como empresários (7,63%), servidores públicos (6,83%) e agricultores (6,77%), enquanto outros, como vereadores (5,76%) e comerciantes (4,34%), também estão presentes.
Concorrência
A disputa por cadeiras nas câmaras municipais é acirrada. Com 93,22% dos candidatos concorrendo ao cargo de vereador, a média nacional é de 7,39 candidatos por vaga.
Quando se trata de concorrência altíssima, a cidade de Queimados, no Rio de Janeiro, é a que se destaca: são 21,9 postulantes por cadeira.
Nas capitais, Belo Horizonte lidera com 21,3 candidatos por vaga, seguida por Manaus e Rio de Janeiro.
Para o cargo de prefeito, a média nacional é de 2,8 candidatos por vaga, com destaque para Ubatuba (SP) e Araucária (PR), que têm 11 concorrentes para cada vaga. Em 212 municípios, porém, há apenas um candidato disputando o cargo de prefeito.