Temporais provocam ventanias e alagam ruas nas cidades do estado; apesar disso, o Madeira continua seco, já que a maior parte da vazão rio vem do Peru e da Bolívia.
Por g1 RO
Chuvas intensas e temporais causam estragos em Rondônia há semanas. Apesar disso, o rio Madeira continua batendo níveis mínimos históricos como na última sexta-feira (11), de 19 centímetros. O cenário é explicado pela geografia: a maior parte da vazão do Madeira vem do Peru e da Bolívia.
As chuvas começaram a cair no estado em setembro, após meses de estiagem.Em poucas semanas houve um acumulado de 75 mm de precipitação somente em Porto Velho, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Essa quantidade é o primeiro volume considerável em pelo menos quatro meses. Em junho e julho não ocorreram chuvas na capital de Rondônia. Já em agosto choveu apenas 16 mm.
O engenheiro hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Guilherme Cardoso, explicou ao g1 que somente a chuva nos rios Madre de Dios e Beni influenciam significativamente no nível do rio Madeira.
“O Madeira depende quase que exclusivamente das chuvas que caem na Bolívia e no Peru, onde estão os rios Beni e Madre de Dios. Eles são os verdadeiros fornecedores de água para o rio, e quando não chove nas cabeceiras andinas, o Madeira aqui em Rondônia não sente os efeitos das chuvas locais”, respondeu.