Crime ambiental de Mariana vira tema de duas músicas do grupo ribeirinho Minhas Raízes

Crime ambiental de Mariana vira tema de duas músicas do grupo ribeirinho Minhas Raízes

O Instituto Minhas Raízes é uma Organização Não-Governamental de caráter cultural e socioambiental sediada no Distrito de Nazaré, criado para preservar e difundir a cultura ribeirinha, as tradições folclóricas da Amazônia e Meio Ambiente.

Na enchente histórica do rio Madeira em 2014, várias comunidades ribeirinhas foram atingidas e Nazaré sofreu o violento impacto da destruição. “Pelo que passamos, não dá pra ficar insensível ao que aconteceu com rio Doce em Minas Gerais.

“A forma que encontramos para registrar esse crime foi compondo músicas em solidariedade às vítimas,” disse Teimar Martins, um dos músicos de uma família que herdou do pai a missão de difundir a cultura dos povos que vivem às margens do rio.

Ele compõe o grupo Minhas Raízes, formado por 15 pessoas, com crianças e jovens. Eles compõem, tocam e cantam suas próprias músicas e, inclusive, lançaram
São eles em parceria com a comunidade que também produzem seus instrumentos a partir da matéria prima da natureza.

O grupo Minhas Raízes já levou seu modo de criar pra proteger as manifestações culturais da comunidade de Nazaré à Conferência Nacional de Educação Básica, em Brasília, que reuniu professores e especialistas de todo o País.

Há 50 anos realizam um Festival de Cultura com comida, música e apresentações folclóricas, marcado para os dias 22 e 23 de julho.

Uma das músicas reflete o sentimento de dor e revolta pelo maior crime ambiental do país.

“Mesmo de longe eu vi, eu sei o que senti, compartilhei do olhar, foi triste imaginar o que será de nós, o que virá depois.”

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