Delegado condenado por torturar camponês é candidato pelo PSDB em Ji Paraná/RO

Delegado condenado por torturar camponês é candidato pelo PSDB em Ji Paraná/RO

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“animais… e animais a gente sabe qual o destino que tem que ser feito… estes bandidos têm que ser tirados de circulação”.

O trecho acima é uma declaração feita à imprensa e consta como prova na sentença que condenou o delegado Cristiano Mattos à pena de 8 anos e 2 meses de reclusão em regime fechado e à perda do cargo público, por ter torturado o camponês Adimar Dias de Souza.

O candidato tucano agiu por vingança, manipulou provas, coagiu testemunhas e foi responsabilizado pelas sequelas irreversíveis à vítima, conforme se verifica na sentença da Ação Penal de número 0003535-19.2012.8.22.0004, disponível à consulta no site do Tribunal de Justiça de Rondônia.

O camponês foi torturado com método de asfixia, o que resultou na falta de oxigenação no cérebro e consequentemente em edema, coma e sequelas em funções essenciais como a fala.

Consta na sentença, que o delegado candidato teria agido por vingança pela morte do amigo, policial civil, Renato de Jesus Pereira, morto numa chacina em abril de 2012 no município de Ouro Preto do Oeste, em Rondônia.

O delegado foi condenado junto com outros dois réus que decidiram fazer ‘justiça’ com as próprias mãos.

“Esqueceram-se ou foram totalmente indiferentes às responsabilidades dos agentes públicos que mantiveram a custódia de um preso. Estiveram mais preocupados com suas vaidades, com seus egos, do que com a função pública”, destacou na sentença o juiz Haruo Mizusaki.

O candidato condenado por tortura recorreu da sentença e o julgamento está na pauta de nº 287 do dia 28/09/2016.

Entenda o caso:

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