Tão perto quanto um gibi

Tão perto quanto um gibi

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Quando uma nova tragédia com arma de fogo envolve crianças, é mais quem aparece pra simplificar as causas e consequências.

Alguém teve a ousadia de escrever ontem que se a escola tivesse armas, o menor atirador teria sido abatido rapidamente.

Os estúpidos e desinformados não se dão conta do debate global sobre dificultar o acesso a armas. Nos EUA, país que coleciona tragédias como a de Goiânia, há mais armas que veículos. Lá o debate sobre impor restrições à compra de armas já tem uns anos e aqueceu a última disputa eleitoral.

O menor que matou colegas usou até um exemplo de tiroteio em cidade dos EUA.

Não dá pra simplificar uma tragédia tão complexa e menos ainda traçar comparações de motivos entre países.

Não sou especialista no tema, mas uma pergunta lateja: não tivesse uma arma ao alcance desse menino, ele teria ao menos dificuldade pra consegui-la, deixaria rastros a sua procura.

Mas, estava tão perto dele quanto um gibi.

Vale ressaltar que não foi um menino pobre, que nasce e cresce em situação de vulnerabilidade quem deu os tiros.

E isso remete à outra reflexão sobre violência que atinge crianças invisíveis para o estado.

Antes de reduzir as consequências, some as causas.

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