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Mês: novembro 2017
Meu cérebro, minhas ideias
Nem Mike Tyson nem astros do UFC: conheça os mais potentes socos e chutes da natureza
BBC Earth, por Ella Davies – Nomes como Muhammad Ali e Mike Tyson eram bons de soco, mas há animais que poderiam dar-lhes uma surra.
É na natureza que encontramos os grandes lutadores de vários estilos e com garra invejável. Afinal, seus campeões lutam por bem mais que glória: lutam pela sobrevivência. Leia Mais
A VIOLÊNCIA CONTRA OS DEFENSORES DOS DIREITOS HUMANOS E O CONTEXTO POLÍTICO ECONÔMICO
Por Maria Inês Chaves Preza Freitas – De acordo como Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos, só em 2017 foram identificados 58 homicídios contra militantes de Direitos Humanos no Brasil. Cerca de 80% desses casos só na Amazônia legal, em conflitos relacionados à disputa por terra. O aumento dos números de casos de violência a Defensores de Direitos Humanos está diretamente relacionado ao período de grande instabilidade política do país, quando as vantagens já concedidas ao agronegócio são altamente estendidas.
Este período, após o golpe de 2016 com o impeachment da presidente Dilma, tem fortalecido setores conservadores e ligados ao agronegócio no mesmo nivela o da Ditadura militar. A intolerância tem aumentado, seja contra LGBTs, lideranças de favelas e afro-religiosos e outros mais. A criminalização do protesto, já evidenciada no período anterior(no governo Dilma Roussef), quando foi aprovada a Lei n°12.850/2013 –Lei de organizações criminosas, tende a aumentar com a exaltação de figuras públicas com discursos militarizados.
A diminuição orçamentária e restrição de atuação dos órgãos ligados às políticas de Direitos Humanos e políticas públicas voltadas para a valorização da agricultura familiar, como a verba para obtenção de terras para a reforma agrária que se pretende reduzir em 90%, foram algumas das principais medidas tomadas após o golpe de 2016.
No Congresso Nacional, a velocidade da tramitação de projetos de lei garantindo privilégios ao setor do agronegócio, do hidronegócio e da mineração, aumentou e retirou direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais, da legislação ambiental em si;como também a reforma trabalhista e a previdenciária.
Os projetos de entrega de terras a estrangeiros e a facilitação da legitimação da grilagem (agora até 2.500 hectares)tornaram-se prioridades do Poder Legislativo. Esta movimentação está de acordo com as diretrizes do Banco Mundial para o “pseudodesenvolvimento” do país: a flexibilização da legislação ambiental e fundiária, influenciando o legislativo, o executivo, e também, o poder judiciário que se auto corrompem, cada um querendo levar mais vantagem que o outro. Para avançar nessas estratégias de tornar o país dependente, de expropriação e espoliação dos territórios,ficam na mira os direitos constitucionais erguidos no período de abertura democrática.
O Supremo Tribunal tem na pauta uma série de Ações Judiciais com temas de grande relevância e repercussão sobre direitos ambientais e territoriais, do direito ao território das comunidades quilombolas à possibilidade de redução de unidades de conservação. O discurso desenvolvimentista se expande nas votações de projetos de lei, na reorganização das diretrizes orçamentárias, e nas decisões judiciais, que possibilitam a atuação arbitrária e violenta para preparar o terreno e viabilizar a instalação e funcionamento de empreendimentos, sejam campos de soja, lavras de minérios ou barragens.
Os massacres e chacinas na Amazônia legal, contra trabalhadores rurais como em Colniza (MT) e Pau D’arco (PA), e vitimando indígenas, tal como em Viana (MA), ocorridos em 2017, localizam-se em áreas de grande interesse para expansão dos capitalistas, como o comércio de commodities. As investigações sobre esses casos, pressionadas e manipuladas, dificilmente alcançarão os mandantes, tampouco identificam os interesses das corporações, e por fim, montam um cenário que dissocia os crimes do contexto político e econômico.
A Amazônia brasileira é domina da ainda por uma visão colonizadora, que primeiro identificou a Amazônia como um problema e depois como a solução. Mas a solução para quem, afinal? Para aqueles que querem usá-la para expropriação de recursos naturais ou para a preservação integral, afastando os povos da Amazônia. Contra as duas visões é que Chico Mendes(1988) e Dorothy Stang (2005) foram assassinados brutalmente no chão que ousaram defender.
Os casos são emblemáticos.Os dois tinham visibilidade e notoriedade reconhecida nacional e internacionalmente ainda em vida. Os dois casos de assassinato foram relacionados à atuação de grupos locais de exploração ilegal de madeira,principalmente entre os madeireiros no Pará, que se aproveitaram de novas legislações.
Agora em 2017 não só se constrói novos cenários de violência, como também inaugura o aprofundamento dos conflitos sociais. O contrato entre o fazendeiro e o pistoleiro, presente no roteiro das crônicas reais do Brasil século XX, ainda é adaptado nos conflitos por terra no século XXI. No entanto, as narrativas sobre cada caso de violência podem e devem estar associadas aos contextos econômicos de expansão que no Brasil tendem a atingir especialmente a Amazônia legal.
HOJE: Lançamento do filme Arpilleras no Sesc
A costura, que sempre foi vista como tarefa do lar, transformou-se numa ferramenta poderosa de resistência, de denúncia e empoderamento feminino. Por meio desse “fio” condutor, cada mulher bordou sua história, singular e coletiva, na respectiva região do mapa do Brasil. No final das filmagens, formou-se um mosaico multifacetado de relatos de dor e superação. Estes bordados, que segundo Violeta Parra “são canções que se pintam”, trazem ao público uma reflexão do que é ser mulher atingida. Se lá, no Chile, é seguir procurando suas memórias espalhadas como grãos de areia no deserto, aqui é buscar no fundo dos rios suas vidas alagadas, organizar-se, lutar e resistir.
Serviço
Lançamento do Filme Arpilleras
Dia 17 ás 19h no Audicine do Sesc
Oficina Arpilleras
Dia 18 ás 14h no Museu da Memória Rondoniense
Contato: Bruna 69 9940-4196 e Manuela 69 9964-9690
Apoio cultural: SESC e Museu da Memoria Rondoniense – MERO
EXCLUSIVO 247: JUSTIÇA DE NY MOSTRA O CAMINHO DA PROPINA DA GLOBO
247 – Nas reportagens que tem feito sobre o escândalo Fifa, em que é acusada de participar de um esquema de propinas de R$ 50 milhões para garantir direitos de exclusividade nas Copas do Mundo de 2026 e 2030, e também em torneios sul-americanos, a Globo tem afirmado que o delator Alejandro Burzaco, da empresa Torneos y Competencias, não esclareceu como a propina teria chegado às mãos do cartola argentino Julio Grondona, já falecido, que negociava os direitos de transmissão. Leia Mais
NINGUÉM LIGA PARA FHC
247 – Com o PSDB cada vez mais desgastado pelo contínuo envolvimento de membros da cúpula da legenda em delações da Lava Jato e pelo apoio dado ao golpe que alçou Michel Temer ao poder, o eleitorado brasileiro quer distância de uma das principais lideranças tucanas: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Leia Mais
O rapaz do queijo chegou
Era janeiro de 2005 quando conheci o jovem que sempre chegava suado pra trabalhar na assessoria de comunicação da prefeitura de Porto Velho. Nem bem assumia meu posto, Paulo vinha com desculpa, ou melhor, com um pedido de desculpas por entrar ofegante e suado feito tampa de marmita. “Estava vendendo meus queijos chefa”, dizia, ao justificar o suor do trabalho que começava com a primeira mijada de raios de sol. Leia Mais
CENTRO CULTURAL BOLIVIANO REALIZA FESTA PELOS 175 ANOS DO BENI
A tradicional festa será no Clube da OAB neste domingo (19), a partir das 11 horas. A cultura boliviana estará representada com comidas típicas e apresentações musicais do pais vizinho.
Um dos pratos mais procurados é o ‘Pique a Lo Macho’, que reúne carne e legumes e como acmopanhamento, o suco de pêssego cozido, o ‘Mocochinchi’.
Voluntários se dividem na cozinha, nas vendas, organização e limpeza da festa.
Beni é o estado da Bolívia que faz fronteira com Rondônia e neste 18 de novembro comemora o centésimo septuagésimo quinto aniversário de fundação. Leia Mais
Ex-reitora denuncia calúnia e diz que vai doar indenização à compra de livros e a tratamento de câncer
Em carta dirigida a acadêmicos e professores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), a ex-reitora Profa. Maria Berenice Alho da Costa Tourinho, anunciou que moveu Ação de Reparação de Danos contra três professores que a acusam de ter falsificado a revalidação do diploma de doutorado em ciências psicológicas na Universidade de Brasília (UnB), obtido em Cuba. Leia Mais