Pazuello diz que novo ministro “reza mesma cartilha” e ataca antecessores

Pazuello diz que novo ministro “reza mesma cartilha” e ataca antecessores

Diz que entrega pasta “organizada”. Faz discurso em tom de despedida.

Poder 360

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse, nesta 4ª feira (17.mar.2021), que o futuro ocupante da pasta, o cardiologista Marcelo Queiroga, vai “rezar a mesma cartilha” que a sua na condução das políticas de combate à pandemia.

A declaração foi feita durante cerimônia para entrega de 500.000 doses de vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca/Oxford fabricadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) na unidade Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Queiroga também estava no evento. Ele ainda não foi nomeado para o cargo. Segundo Pazuello, a confirmação depende apenas de questões administrativas.

“Temos pela frente uma transição de cargos de ministro que é apenas uma continuidade do trabalho. O doutor Marcelo Queiroga reza na mesma cartilha”, declarou Pazuello.

Segundo o ministro, seu sucessor vai assumir o cargo em uma condição mais favorável que a sua. “A diferença é que eu vou entregar pra ele um ministério organizado, estruturado, funcionando. Como médico cardiologista, com conhecimento técnico, vai poder navegar nessas ferramentas em prol da saúde do Brasil”, afirmou.

“Queiroga pode ir além utilizando a estrutura já preparada para o início do trabalho. O momento é bom com relação à capacidade de combater a pandemia no Brasil”, disse.

Em tom de despedida, Pazuello disparou contra as gestões anteriores do Ministério da Saúde. Criticou o fato de o governo federal não ter investido na construção de fábricas de IFA (insumo farmacêutico ativo).

“O Brasil é dependente de insumos farmacológicos da Índia e da China. Isso quer dizer que, se fecharem a torneira, não temos material para vacina. Essa é a verdade. Nunca tivemos. Nossos antigos governantes não fizeram isso, mas nós fizemos. A Fiocruz está com sua fábrica de IFA pronta. Em abril, começamos a produzir e, em maio, teremos IFA para começar a produção no Brasil”, disse.

Nessa 3ª (16.mar), o Ministério da Saúde confirmou mais 2.841 mortes por covid-19. É o número mais alto já registrado em 24 horas.


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