No aniversário de 60 anos do Golpe Militar, Frei Betto afirma: ‘Jamais Esquecer’

No aniversário de 60 anos do Golpe Militar, Frei Betto afirma: ‘Jamais Esquecer’

 

Bem Viver na TV traz entrevista com o frade dominicano que é um símbolo de resistência à ditadura militar

Brasil de Fato – Há 60 anos, em 31 de março de 1964, o Brasil entrava em um longo período sem democracia. Uma fase em que a liberdade foi trocada por censura, o diálogo por opressão, e a verdade por tortura.

Foram 21 anos de chumbo. Mas, se a ditadura militar durou muito, ela não amedrontou as milhares de pessoas que lutaram para combatê-la, nos mais diversos campos.

Uma das figuras emblemáticas nesse sentido é Frei Betto, frade dominicano e escritor multipremiado que foi preso duas vezes durante esse período.

Numa entrevista especial para o Bem Viver na TV, produção do Brasil de Fato, ele conversou sobre a importância de manter a memória viva: “Jamais esquecer. Jamais. Porque, quando se esquece o passado, corre-se o risco de repetir no presente aquele passado como projeto de futuro. Então, não podemos de maneira alguma abrir mão de comemorar essas efemérides. E comemorar no sentido etimológico do verbo, que é fazer memória. Não confundir com celebrar. Nós temos que comemorar o golpe militar de 1964. Isso é fundamental para que não se repita, para que se crie uma cultura da indignação. Para que as pessoas se sintam totalmente impossibilitadas de repetir ou aderir a quem repete essas tragédias”, afirma.

Frei Betto ainda comenta sobre a relação entre religião e política. “Religião, como a política, serve para libertar e para oprimir. Depende de como é aplicada. A direita descobriu isso, que a religião é um fator forte de domesticação e mobilização popular. Para nós, progressistas, a religião deveria ser aquilo que foi na prática de Jesus e dos seus apóstolos, um fator de libertação e despertar da consciência crítica. Então, é preciso levar a sério um trabalho político com a esfera religiosa, evitando dois grandes riscos: a confessionalização da política, como queria o Bolsonaro, e a partidarização da religião”, finaliza.

Nesta edição, o Bem Viver ainda tem mais destaques, como a reportagem sobre o encontro da Teia dos Povos, que reuniu mulheres das águas, da terra, do campo e das florestas na Bahia. O programa também mostra como lideranças da Amazônia estão se preparando para participar da COP30.

E ainda tem uma receita de reaproveitamento no quadro Comida de Verdade: a chef Gema Soto ensina o bolinho de talos, cascas e folhas.

Quando e onde assistir? 

No YouTube do Brasil de Fato todo sábado às 13h30, tem programa inédito. Basta clicar aqui.

Na TVT: sábado às 13h; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC.

Na TV Brasil (EBC), segunda-feira às 6h30.

Na TVCom Maceió: sábado às 10h30, com reprise domingo às 10h, no canal 12 da NET.

Na TV Floripa: sábado às 13h30, reprises ao longo da programação, no canal 12 da NET.

Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h, no canal 40 UHF digital.

Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital.

Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30, em Brasília no Canal 15 da NET.

TV UFMA Maranhão: quinta-feira às 10h40, no canal aberto 16.1, Sky 316, TVN 16 e Claro 17.

Sintonize

No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.

O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

Edição: Nicolau Soares

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