O bloco que exalta tradições e pessoas de elevada importância para a cultura popular da capital será um palco com milhares de foliões para a artista que já foi tirada à força de vários eventos públicos.
“É uma mulher, artista de rua, que fez da dança uma atitude de resistência cultural. Quando perguntamos por que ela invadiu tantos palcos de eventos, disse: para mostrar minha alegria e alegrar o povo. Foi o sinal de sincronia com o bloco para escolhermos ela como homenageada no próximo desfile”, disse Luciana Oliveira, vice-presidenta da bloco. Leia Mais ›
O ofício foi encaminhado nesta segunda-feira, 16, à Superintendência do Patrimônio da União, ao Ministério Público Federal, à Prefeitura de Porto Velho e ao Grupo Amazonfort, elencando irregularidades na cessão do patrimônio tombado para mega réveillon promovido por empresa de eventos.
“Será um dia para agradecer as pessoas que me ajudaram e celebrar a minha vida”, disse a artesã e artista de rua portovelhense que usa a dança para expressar sua resistência e alegria. Leia Mais ›
Da Assessoria – Após pedido em ação civil pública, o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) conseguiram decisão urgente e favorável na Justiça Federal. De acordo com a liminar, União, Estado de Rondônia e Prefeitura de Porto Velho devem fornecer às comunidades ribeirinhas do Baixo Madeira, em até 30 dias, condições básicas de subsistência. Leia Mais ›
Emissora fica em Tabatinga, tríplice fronteira e região estratégica, onde Bruno Pereira e Dom Phillips foram assassinados. Cessão representa perda para a comunicação pública Leia Mais ›
Da Assessoria – Os dois cemitérios históricos de Porto Velho (RO) estão abandonados pelo poder público e precisam passar por reparos para ter condições mínimas de visitação pela população. Tanto o Cemitério da Candelária quanto o Cemitério das Locomotivas têm valor histórico-cultural para Rondônia. Diante dessa situação, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública para obrigar a União, o estado de Rondônia e a prefeitura de Porto Velho a adotarem medidas urgentes de sinalização, de limpeza e manutenção e de segurança. Leia Mais ›
Infoamazônia, por Por Cecília Alves Amorim – Estado reúne diferentes problemas socioambientais, como desmatamento, queimadas e mineração ilegal, mas cobertura tradicional não está focada nisso.
Rondônia, situado no Norte do Brasil, tornou-se um estado há pouco mais de 40 anos e abriga uma população autodeclarada quilombola de cerca de 3 mil pessoas, além de ser o quarto estado brasileiro com maior número de povos indígenas segundo dados Instituto Socioambiental (ISA). A ocupação irregular do território, incentivada pelo governo militar a partir da década de 1960, trouxe impactos ambientais significativos devido ao desmatamento realizado para abertura de novas áreas para a pecuária.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o estado tem a segunda maior produção agropecuária da região Norte. Isso é um dos fatores que impulsionam o desmatamento na região e, por isso, apenas no primeiro semestre deste ano, as queimadas aumentaram em 28% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Além das queimadas e do desmatamento, o estado enfrenta outros problemas ambientais, como o garimpo com uso de mercúrio e a grilagem de terras públicas. Apesar disso, oMapa Vivo de Mídias da Amazônia aponta que apenas 44 veículos de comunicação do estado possuem editorias de meio ambiente, e só dois contam com a editoria Amazônia, concentrando-se principalmente na capital, Porto Velho.
No atual cenário midiático, o jornalismo independente se destaca como resposta à mídia hegemônica, com diretrizes alinhadas com causas sociais, ambientais e de direitos humanos. Sustentados por editais de financiamento, doações e colaborações, esses veículos incluem rádios comunitárias, blogs e sites que priorizam a pluralidade de vozes e pautas ignoradas pela grande mídia, oferecendo uma comunicação mais diversa.
Blogger Luciana Oliveira: uma voz de resistência na Amazônia
Luciana Oliveira é uma jornalista independente e ativista ambiental que iniciou sua trajetória com um blog durante a crise política de 2016. Conhecida por seu posicionamento progressista, ela conta que enfrenta, no dia a dia, ameaças, boicotes de mídias rondonienses e comentários machistas enquanto defende pautas como direitos das mulheres, reforma agrária e proteção ambiental. Seu trabalho ganhou destaque especialmente durante o governo de Jair Bolsonaro, período em que intensificou sua atuação no jornalismo ambiental e cultural, focando nos direitos dos povos tradicionais.
“O machismo naturalmente sempre foi minha sombra. “Louca” era o adjetivo mais usado. Depois de muitos comentários misóginos, vieram ameaças veladas e abertas ao meu trabalho. Fiz algumas reportagens que tiveram muita repercussão e tiveram que me aceitar. Mas até chegar a esse ponto, foram anos de medo e solidão, com apenas um celular na mão”, conta a jornalista.
Além das próprias reportagens, Luciana incentiva a comunicação independente no estado e passou a promover oficinas para jovens de comunidades tradicionais atravessadas por crimes ambientais. “Passei a formar jovens de comunidades tradicionais com dicas básicas para filmar com um celular, com segurança e de modo que imagens sirvam como provas judiciais de crimes ambientais. Esse é o futuro: investir em brigadas de comunicação nos territórios”,
O pioneirismo digital do Rondônia ao Vivo
Fundado por quatro estudantes de comunicação, o Rondônia ao Vivo nasceu em 2005, inspirado pelo webjornalismo até então pouco explorado no Brasil. Desde o início, a ideia criada por universitários enfrentou desafios financeiros.
O veículo aposta em um modelo que combina reportagens investigativas e denúncias com um jornalismo de serviço voltado à comunidade e, rapidamente, conquistou uma audiência fiel e se tornou uma referência no estado.
Ao longo de quase duas décadas, o jornal evoluiu para cobrir uma diversidade de editorias. Apesar de não contar com uma editoria ambiental, o site aborda temas como desmatamento, conflitos em terras indígenas e queimadas.
“Eu acredito que os gestores são o problema do meio ambiente em Rondônia. Eles estão a favor do agro enquanto criam reservas florestais. Eu, sinceramente, não compreendo”, afirma Paulo Andreoli, jornalista cofundador da veículo. O site conta com uma editoria focada em agronegócio.
Para descentralizar a cobertura, o Rondônia ao Vivo fez parcerias com jornalistas locais, promovendo uma troca constante de informações. Essa rede de colaboração fortaleceu o jornalismo regional e ampliou o alcance das reportagens: “faz a diferença não desistir”, afirma Andreoli. No entanto, a pressão financeira, agravada pelo assédio judicial enfrentado por veículos independentes, é uma realidade difícil de contornar
Apesar de processos e ataques, Painel Político resiste com jornalismo investigativo
O Painel Político começou em 2009 como uma coluna de opinião no Rondônia ao Vivo e evoluiu para um veículo independente focado em política, economia e investigações sobre corrupção e crimes ambientais, incluindo programas de entrevistas e uma revista quinzenal que, posteriormente, migrou para o ambiente digita. Em 2019, o site adotou um formato de noticiário e, recentemente, migrou para o Substack com sistema de assinaturas.
O trabalho com política levou o veículo a enfrentar não apenas desafios financeiros, como outros veículos da região, mas também jurídicos: são mais de 220 processos relacionados às denúncias publicadas pelo Painel, mesmo que boa parte deles já esteja arquivada ou vencida.
Apesar da pressão, a linha editorial do Painel Político mantém seu foco em questões políticas, regionais e nacionais, com ênfase na investigação de atos de corrupção e em análises do cenário econômico e do sistema judiciário.O editor Alan Alex Carvalho destaca o compromisso do veículo com o jornalismo investigativo e a relevância de pautas ignoradas pela grande mídia.
A Voz da Terra: o jornalismo que ecoa a Amazônia
O casal de jornalistas Josi Gonçalves e Francisco Costa conta que o site A Voz da Terra surgiu para preencher uma lacuna no cenário informativo da Amazônia, onde as questões ambientais, sociais e de direitos humanos enfrentam, frequentemente, o silêncio das grandes mídias. Eles dizem que o veículo nasceu em meio a desafios estruturais e de segurança, mas com a missão de produzir pautas invisibilizadas.
“O projeto surgiu da necessidade de debater com a sociedade as questões da Amazônia, já que existe em nossa região um deserto de notícias, muita desinformação e negacionismo climático. O jornalismo que praticamos é a nossa forma de gritar ao mundo o que acontece nos territórios amazônicos”, afirma Gonçalves.
O veículo tem o propósito de valorizar as vozes das comunidades locais e trazer à tona histórias frequentemente ignoradas. “Rondônia é um lugar de muitas pautas socioambientais e diversas histórias. Cobrimos a recente seca dos rios, a poluição da fumaça das queimadas, a morte de lideranças rurais e indígenas, casos que estão mofando nas gavetas do judiciário. Ousamos de verdade, mesmo sem muito incentivo e apoio”, afirma Costa.
A abordagem do veículo busca não apenas informar, mas também mobilizar a sociedade para a urgência das pautas amazônicas. Mesmo com os desafios, A Voz da Terra tem gerado impacto ao sensibilizar novas audiências e influenciar discussões públicas sobre preservação ambiental e justiça climática.
“Queremos deixar um legado que mostre que é urgente falar sobre justiça climática e mudanças globais. É uma emergência planetária”, completa Gonçalves.
Agência Brasil – O Brasil terminou 2023 com os menores níveis de pobreza e de extrema pobreza já registrados pela Síntese de Indicadores Sociais, pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2012. Apesar do recuo, os dados divulgados nesta quarta-feira (4) mostram que 58,9 milhões de pessoas ainda viviam na pobreza; enquanto 9,5 milhões, na extrema pobreza. Leia Mais ›
Wilson Gomes, na FSP – Agora é oficial. Um relatório detalhado da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, resultado de uma longa e minuciosa investigação, comprova que Jair Bolsonaro planejou manter-se no poder por meios ilícitos e violentos, chegando a colocar o plano em marcha. Bolsonaro e seu círculo íntimo —afinal, ninguém organiza uma operação dessamagnitude sem uma estrutura bem articulada e posicionada.Leia Mais ›