STF decide que Sergio Moro foi parcial ao julgar Lula, com voto decisivo de Cármen Lúcia na Segunda Turma

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EL PAÍS – Ministro Nunes Marques, que havia solicitado vista, deixou o placar desfavorável ao pedido da defesa do ex-presidente, mas ministra mudou seu voto e formou maioria pela suspeição do ex-juiz da Lava Jato.

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Os 6 casos envolvendo aliados ou família de Bolsonaro que ficam em evidência com mudança de comando da PF

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Carlos, Flávio, Jair e Eduardo Bolsonaro

Na BBC – As circunstâncias da saída do ex-ministro Sergio Moro do governo Jair Bolsonaro alimentaram questionamentos sobre como um novo comando na Polícia Federal poderia afetar casos que envolvem filhos e aliados do presidente.

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O que dizer de Temer ter orientado Joesley?

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Joesley Batista e Ricardo Saud foram presos após a divulgação de áudio em que sugerem que foram ‘orientados’ pelo ex-procurador da República, Marcelo Miller, sobre como conduzir o acordo de delação premiada.

“Por isso, é que eu quero que nós dois temos que estar 100% alinhado. Nós dois e o Marcelo, entendeu? É, mas nós dois temos que operar o Marcelo direitinho pra chegar no Janot e pá. Tã tã tã”, disse Joesley. Leia Mais

POR QUE JUSTO AGORA, MORO DÁ VALOR AO QUE PALOCCI TEM A DIZER?

POR QUE JUSTO AGORA, MORO DÁ VALOR AO QUE PALOCCI TEM A DIZER?

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Há 1 ano, quando o Senado estava prestes a sacramentar o golpe à democracia, o juiz Sérgio Moro desprezou o que o ex-ministro Antônio Palocci queria acrescentar às investigações da Operação Lava Jato.

O ‘italiano’ que agora acha que é o ‘italiano’ da lista da Odebrecht sem nunca ter sido assim chamado, disse em abril de 2016 que se Moro quisesse, poderia apresentar “fatos com nomes, endereços e operações realizadas”. Leia Mais

CITADOS POR INVESTIGADO PRESTIGIAM PRÉ-ESTRÉIA DO FILME DA LAVA JATO

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Tinha tapete vermelho e tudo mais, só que os convidados ilustres que inspiraram personagens do filme “Polícia Federal – A Lei é para Todos”, evitaram exibicionismo com entrevistas.

O juiz Sérgio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e delegados que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato tentaram se passar por espectadores comuns.

Impossível, pois além do trabalho deles ser retratado no filme, há dois dias um investigado colocou sob suspeita toda a operação de combate à corrupção.

A Folha de São Paulo noticiou e correu de boca em boca a acusação do advogado Rodrigo Tacla Duran, ex-funcionário da Odebrecht, de negociações paralelas feitas por outro advogado, Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento de Moro.

A esposa do juiz, Rosângela, que foi sócia no escritório de Zucolotto também estava na plateia.

O advogado da Odebrecht diz ter provas de que pagaria ao amigo de Sérgio Moro, por meio de caixa dois, pelo abrandamento da pena e diminuição de multa em acordo de delação premiada.

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Sérgio Moro negou a acusação, defendeu a honra do amigo e pasme, disse que declaração de delator foragido não vale nada.

Em nota, o juiz afirmou:

– o advogado Carlos Zucoloto Jr. é advogado sério e competente, atua na área trabalhista e não atua na área criminal;
– o relato de que o advogado em questão teria tratado com o acusado foragido Rodrigo Tacla Duran sobre acordo de colaboração premiada é absolutamente falso;
– nenhum dos membros do Ministério Público Federal da Força Tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato;
– Rodrigo Tacla Duran não apresentou à jornalista responsável pela matéria qualquer prova de suas inverídicas afirmações e o seu relato não encontra apoio em nenhuma outra fonte;
– Rodrigo Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro de milhões de dólares e teve a sua prisão preventiva decretada por este julgador, tendo se refugiado na Espanha para fugir da ação da Justiça;
– o advogado Carlos Zucoloto Jr. é meu amigo pessoal e lamento que o seu nome seja utilizado por um acusado foragido e em uma matéria jornalística irresponsável para denegrir-me; e
– lamenta-se o crédito dado pela jornalista ao relato falso de um acusado foragido, tendo ela sido alertada da falsidade por todas as pessoas citadas na matéria.

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O fato é que o advogado Tacla Duran, acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, colocou em relevo a interrogação que faltava no título do filme que lotou 8 salas de cinema.

A Lei É Para Todos?

Aliás, esse título, provadas ou não as acusações que colocam sob suspeita a força-tarefa, sem a interrogação, não passa de um insulto a quem convive com decisões ‘inexplicáveis’ de Sérgio Moro como quando absolveu Cláudia Cruz e Adriana Ancelmo mesmo com provas robustas.

A lei é para todos, mas a partir da Operação Lava Jato, pelo tratamento diferenciado dado aos investigados, cada vez mais pessoas se perguntam se todos são realmente iguais perante a lei.

Por que a Câmara negou autorização para o Supremo Tribunal Federal investigar imediatamente Michel Temer, primeiro presidente acusado por corrupção?

Por que o Conselho de Ética arquivou a denúncia contra Aécio Neves que poderia resultar em sua cassação?

Ambos, não foram só citados por investigados em esquemas monumentais de corrupção. Contra eles, não pesam só depoimentos de delatores, mas imagens e sons captados pela Polícia Federal.

Pior, gravações que relevaram conspiração para interferir na Operação Lava Jato, inclusive com a ajuda do então ministro da justiça Osmar Serraglio, a quem Aécio chamou de “um bosta do caralho”.

(…). Porque aí mexia na PF. O que que vai acontecer agora? Vai vim um inquérito de uma porrada de gente, caralho, eles são tão bunda mole que eles não (têm) o cara que vai distribuir os inquéritos para o delegado. Você tem lá cem, sei lá, 2.000 delegados da Polícia Federal. Você tem que escolher dez caras, né?

Enfim, para ter sentido o título do filme sobre a Lava Jato, falta uma interrogação.

A Lei Vale Para Todos?

Coloquem a interrogação ou mudem o gênero, de drama policial pra comédia.

MORO: LAVA JATO NÃO ACHOU PROPINA, MAS LULA DEVE PAGAR MESMO ASSIM

MORO: LAVA JATO NÃO ACHOU PROPINA, MAS LULA DEVE PAGAR MESMO ASSIM

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Jornal GGN – Em novo despacho ao Tribunal Regional Federal, defendendo o bloqueio nas contas de Lula, o juiz Sergio Moro reconheceu que a Lava Jato não foi capaz de “identificar” o destino da propina que a OAS afirma ter pago ao PT, mas o valor que foi usado para condenar o ex-presidente no caso triplex deve ser cobrado do petista mesmo assim. Leia Mais

Cadê o grupo de magistrados ativistas que estava ali?

Cadê o grupo de magistrados ativistas que estava ali?

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Estão no site da Associação dos Magistrados de Rondônia – AMERON, as recordações da inusitada participação de juízes e servidores nas manifestações de combate à corrupção em que se misturaram ao MBL, Movimento Gigantes da Pátria e outros que pediram o impeachment da presidente Dilma.

Em frente ao Tribunal de Justiça de Rondônia, também fizeram um manifesto de apoio ao juiz Sérgio Moro quando foi acusado de exorbitar de suas funções ao quebrar o sigilo telefônico de pessoas próximas ao ex-presidente Lula, inclusive da presidente afastada, o que foge à sua competência.

Em Vilhena também houve manifestação semelhante para expressar apoio ao juiz e à Operação Lava Jato.

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Na Capital, juízes até estamparam outdoor na região central.

Isso foi em março e a iniciativa gerou polêmica, porque muitos consideram que magistrado não deve se manifestar sobre um processo, fora do processo, sobretudo quando este se refere a questões partidárias. Tendo sido o processo de impeachment provocado por partidos da oposição, pra muita gente a campanha dos juízes foi motivada mais por interesse político que consciência cidadã.
Outro tanto de gente achou que não, que juiz tem direito à liberdade de expressar sua opinião como qualquer cidadão comum.

Polêmica à parte, o fato é que com o afastamento da presidente os magistrados se recolheram às suas funções. O mais curioso, é que o grupo que dizia manifestar-se pelo fortalecimento da Operação Lava Jato, calou diante da revelação de áudios escandalosos que denunciam um golpe parlamentar para barrar as investigações do maior escândalo de corrupção que veio à tona no país.

O então Ministro do Planejamento, senador Romero Jucá perdeu o cargo por isso. Ele, o presidente do Senado Renan Calheiros, o ex-presidente José Sarney e o ex-presidente da Transpetro – todos investigados na Lava Jato – foram flagrados em diálogos que, inclusive, lançam suspeitas gravíssimas sobre membros e instituições do judiciário.

Não seria a hora mais conveniente para demonstrar apoio à Operação?

Ao controverso juiz Sérgio Moro, alvo de mais de uma dezena de representações no CNJ por seus excessos, não seria prá lá de necessário dizer um ‘tamo junto’?

Ou não estão mais juntos?