Aos leitores, um esclarecimento

Aos leitores, um esclarecimento

Esse espaço nasceu há duas semanas e recordo de ter me comprometido com a informação independente, coloquial, factual e voltada a todas as causas sociais que envolvem as massas populares e minorias.
Me declarei, portanto, vinculada ao socialismo democrático. Em nenhum momento prometi que divulgaria as ações de um governo temporário que identifico como golpista, mas se houver alguma, positiva, que mereça ser propagada, o farei sem problemas.

Sou apenas mais uma alternativa de leitura num universo em que ainda predomina o acesso à informação padronizada que varia de acordo com as circunstâncias e governos. Não utilizo uma concessão pública que me obrigue à divulgar os dois lados da notícia, sem que uma visão crítica e política, pessoal, prevaleça. E cá, prá nós, a preferência política, com forte apelo partidário ou religioso é flagrante em rádios e tevês e ninguém reclama.

A mídia independente cumpre outro papel, qual seja, se distinguir da imprensa tradicional onde a conduta do jornalista é mais engessada, prevalecendo o bom senso que de outro modo nem sempre se manifesta.
O olhar jornalístico dos blogs se regula pelo ativismo, pelo servir a alguma causa que vai além do dinheiro, da amizade e do conforto do aplauso. A responsabilidade pelo que se propaga é a mesma, portanto, ninguém que desvie a curva do jornalismo formal deve ser demonizado, já que está sujeito a pagar pelos excessos que cometa.

O que tento fazer pra atrair todo tipo de leitor, é compartilhar informações sobre cultura, fatos históricos e folclóricos que agregam conhecimento independentemente de ideologia política.

Não venha, como já veio, alguém que escreve só por dinheiro na condição de jornalista ou mercenário, me cobrar imparcialidade nas críticas que teço a partir do que considero fundamental para transformar a realidade.

Quem nesse momento que o país vive consegue não demonstra de que lado está? Jamais me manteria silente ou em cima do muro e respeito profundamente os que pensam da mesma forma, ainda que estejamos em lados opostos.
Pensar e revelar o que pensa sempre será um ato revolucionário. Como bem disse Millôr na Pif Paf, “Imprensa é oposição, o resto é secos e molhados.”

Nesse pouco tempo de atividade do blog, só me esforço à subordinação de uma censora de irrefutável idoneidade moral, minha mãe. Ela pediu que eu pare de escrever tantos palavrões e, porra, não vai ser fácil.

Como disse o poeta, “Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a vulgarização do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.

“Pra car****,” por exemplo. “Pra cara***,” por exemplo. Qual expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade do que “Pra cara***”?”

Mas, vou me policiar, não porque alguém não gosta, mas porque minha mãe mandou.

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