O saudoso Barão de Itararé dizia que “de onde nada se espera é que não sai nada mesmo”.
Então, menos expectativa evita rugas, brigas e queda de cabelo.
A notícia, por si só, é uma das melhores no último ano, mas daí a acreditar que seja atendido o pedido feito procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que o STF autorize a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) do ex-presidente da República, José Sarney e do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha, há uma longa distância.
Estamos falando de 152 anos de experiência política! De um conciliábulo que tem como o mais antigo e ativo político, o ex-presidente José Sarney.
Imaginar Sarney usando tornozeleira é como imaginar Roberto Carlos de bermuda.
Está nas mãos do ministro Teori Zavascki a decisão, que no caso do ex-senador Delcídio do Amaral demorou 4 dias após o pedido até proferir e avalizar na Corte.
Quando ele analisará o pedido de prisão do pacotão de políticos com argumentos jurídicos semelhantes é uma incógnita.
Bem que podia rolar um bolão no Congresso Nacional, mas quem seriam os malucos a tirar onda com o cardinalato do PMDB que manda e desmanda na política brasileira e tem as mãos na corda de muitos pescoços?
De qualquer modo, o pedido coloca o STF na parede. Quando maior a demora em julgar, maior a pressão pra julgar.
Até lá, teremos a imagem mais avacalhante da política brasileira.
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