Policial bandido bom é policial bandido solto. Temer retira urgência de projeto que endurece apuração de mortes por PMs

Policial bandido bom é policial bandido solto. Temer retira urgência de projeto que endurece apuração de mortes por PMs

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Antes de deixar a presidência, Dilma Roussef enviou ao Congresso Nacional um projeto que prevê regras mais duras para apurar mortes que tenham ocorrido em ações de agentes do Estado, como policiais.

A presidente afastada inclui o projeto entre os que deveriam ser votados em caráter de urgência, ou seja, nos próximos 45 dias.
Pois, pra felicidade da bancada da bala, o presidente interino retirou a urgência dando como imprevista a data da votação.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo desta terça-feira, “o objetivo do projeto é obrigar as autoridades a promover, no caso de mortes que tenham policiais como autores, investigação em moldes similares a crimes praticados por cidadãos comuns, acabando com as descrições policiais genéricas do chamado auto de resistência (resistência seguida de morte).”

A bancada da bala, óbvio, é contra o projeto.

Os movimentos em defesa dos Direitos Humanos, não à toa demonizados pelos conservadores, recebeu a notícia com pesar e alerta para o aumento do número de pessoas mortas por policiais no Brasil.

“Segundo dados da ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 3.022 pessoas foram mortas por policiais no Brasil em 2014 – oito por dia. O número representa um aumento de 37,2% em relação a 2013. Entre 2008 e 2013 foram contabilizadas 11.197 vítimas de confrontos policiais em todo o Brasil. Segundo a ONG Conectas, esse número é maior do que o de pessoas mortas em 30 anos por todas as polícias dos Estados Unidos, país com população bem maior que a brasileira.”

Mas, isso não requer urgência, segundo Temer.

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